A Visita
Cada dia, ao meio-dia, um pobre velho entrava na Igreja, e poucos minutos depois, saía. 
Um dia, o sacristão lhe perguntou o que fazia (pois havia objetos de valor na Igreja). 
Venho ORAR, respondeu o velho;
Mas é estranho, disse o sacristão, que você consiga ORAR tão depressa. 
Bem, retrucou o velho, eu não sei recitar aquelas orações compridas. 
Mas todo dia, ao meio-dia eu entro na Igreja e só falo: 
- “Oi Jesus, eu sou o Zé, vim te visitar.” 
Num minuto, já estou de saída. 
É só uma oraçãozinha, mas tenho certeza que Ele me ouve. 
Alguns dias depois, o Zé sofreu um acidente e foi internado num hospital e, na enfermaria, passou a exercer uma influência sobre todos os doentes mais tristes se tornaram alegres, muitas risadas passaram a ser ouvidas. 
Zé, disse-lhe um dia a irmã, os outros doentes dizem que você está sempre tão alegre…. 
É verdade, irmã, estou sempre tão alegre. 
É por causa daquela visita que recebo todo dia. 
Me faz tão feliz. 
A irmã ficou atônita. 
Já tinha notado que a cadeira encostada na cama do Zé estava sempre vazia. 
O Zé era um velho solitário, sem ninguém. 
- Que visita? 
- A que hora? 
- Todos os dias. Respondeu Zé; 
com um brilho nos olhos. 
Todos os dias ao meio-dia Ele vem ficar ao pé cama. 
Quando olho para Ele, Ele sorri e diz: 
-”Oi, Zé, eu sou Jesus, eu vim te visitar”.
Fonte: http://franciscafesempre.wordpress.com/2010/03/04/reflexoes-a-visita/
